Depois de 2 meses e qualquer coisa, voltou a acontecer. Aquela raivazinha profunda, provocada por um gostar imenso sem querer, fez com que novamente voltasse a acontecer. Da mesma forma, com a mesma vontade, voltou a acontecer. E depois pergunto-me se estou destinada a que aconteça a cada vez que estou a recuperar, ou a ter aquela esperançazinha que apesar de tudo não morre.

Depois deduzo que se calhar está na hora de acreditar em vocês, de seguir os vossos conselhos e deixar de ser a parvinha apaixonada. Começar a acreditar que se calhar até existe maldade dentro das pessoas, mesmo que eu nunca queira vê-la, que os sentimentos puros e sinceros enfrentam tudo e ficam estáticos, e aqueles momentâneos vão e vêm, esperando que haja alguém do outro lado pronto a satisfazê-los.

Por fim penso em mim, se devo, se não devo. Quero, mas não devo. Quero, mas não devo. Quero, mas não devo. E se até ontem achava que ia pelo meu querer, hoje acho que de certeza o dever me vai magoar muito menos.

E muda tudo de uma hora para outra? Pelos vistos sim, e já me tinham provado isso antes. Quis voltar a acreditar. Quis mas não devia. Quis mas não devia. Quis mas não devia.

Mas não vou mudar, vou continuar a acreditar na pureza de alguns corações, de alguns amores, de alguns sentimentos. Vou continuar a sorrir muito, mesmo que doa (com aquela gargalhada muito parva e extremamente histérica a que toda a gente acha piada.).

Se é realmente o fim? Não quero mentalizar-me disso, mas devo. Não quero, mas devo. Não quero, mas devo. Não quero, mas devo.

 
 
 

     Não queria desiludir-me de novo. Mas pelos vistos.