Hoje não falo de mim, nem das minhas depressões baratas, amores e desamores ou sequer de um qualquer acontecimento importante. Hoje falo daqueles a que facilmente intitulo de Meus.
Os Meus são seres estranhos que povoam o meu coração de uma forma muito intensa, e persistentemente habitam a minha vida. Conhecem os Meus? Pois, deviam.
Passados 20 anos e 4 meses, muitos que se diziam Meus deixaram de o ser, e novos Meus (com letra maiúscula) foram entrando na minha vida. Existem alguns Meus que são de toda e para toda a vida. E há ainda aqueles que não tarda passam a ser Meios Meus e de seguida serão já Meus de outra pessoa.
Eu tenho Meus que me encaminham, outros Meus que desencaminham. Tenho Meus que repreendem por tolices, e Meus que as incentivam. Tenho Meus para chorar, tenho Meus para rir (muito por sinal). Tenho Meus que me mostram a realidade e me puxam para terra, e Meus que me fazem sonhar e voar muito alto.
Constato assim que, são estes seres o equilíbrio da minha limitada existência. E sim, vou continuar sempre a agradecer por tê-los comigo, vou disfrutar da sua presença e nunca achar que mereço mais. Porque a vida sem ambição é muito boa também. E nunca deixarei de ser a parvinha que passa a vida a abraçar muito apertadinho, beijar com muita fofura e dizer muito ‘gosto de ti’ (em termos hospitalares chamar-me-iam ‘utente bastante apelativa’, o que em bom português significa: ‘Uma chata do carai!’) a todos aqueles que fazem de mim mais um habitante feliz deste planetazinho.
São Meus e pronto. ^^
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