terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Dos antigos amores e paixões de sempre platónicas







Por estes dias, entre conversas de café, tenho lembrado muito o quanto eu admirava a pureza de alguns amores. A minha adolescência tornava as paixonetas e desamores repletos de simplicidade. Eu via-o, ele sorria para mim, e fora de qualquer pensamento de prazer carnal, eu imaginava um simples passeio de mãos entrelaçadas pelos recreios da escola.
Por anos (sim, muitos) assim foi, eu o patinho feio, ele o princepe encantado. Era tímido, simples, o melhor aluno da turma e ainda provido de todas as belezas, a supérfula e a verdadeira.
Eu crescia, ele crescia. E eu continuava a miúda que nunca se achava suficiente para poder satisfazer o rapaz que achava perfeito (e era mesmo).
Ele cresceu, eu cresci. Hoje é homem feito, eu uma mulher com vestígios de menina.
E continuará a ser o grande amor nunca correspondido, que sem querer me fazia sonhar e ver um belo amor à maneira de uma menina inocente, para quem um simples sorriso iluminava o resto do dia.
Por quatro anos não me lembrei deste sentimento puro. Tomara todos fossem assim.


Um dia encontramo-nos, conto-lhe o que ele nunca soube, e rimo-nos por meia hora, sem maldade e com um brilhozinho estampado nos meus olhos.




.

2 comentários: