segunda-feira, 3 de setembro de 2012







Quem me conhece estranharia o que vou dizer, mas depois de um dia como de hoje, consigo (o que raramente acontece) por em causa a existência de qualquer ser superior que possa intervir na felicidade dos demais que lhe são submissos.
A natureza devia ser rígida, devia obrigar a que as coisas decorressem da forma correta. As crianças não deviam morrer. Os pais não deviam ser sujeitos a enterrar o que de melhor o mundo alguma vez lhes deu. Podemos até tentar estar solidários com a dor dos que puseram um ser no mundo, o amaram de uma forma incondicional e que tiveram que deixa-lo entrar numa caixa branca, bonita, para nunca mais voltar , mas nunca senti-la.
As crianças são seres puros, sem pecado, sem malícia, dizem que não são sujeitas ao julgamento que decide a tal da vida eterna, dizem que se tornam anjos quando morrem. E eu acredito nisso. Ou se calhar, penso às vezes, que é só mais uma história que alguém inventou como forma de atenuar acontecimentos injustos e  dores irreparáveis.




Volto a dizer, dorezinhas de merda, estas de que me queixo aqui tantas vezes, tristezas menores que me arrebatam de vez enquando. 



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