domingo, 30 de dezembro de 2012



A minha cabeça sente uma necessidade parva de estar sempre arrumadinha. Cada coisa em seu lugar. Repleta de pontos de exclamação e pontos finais. As coisas precisam ser definidas para que a minha cabeça e o meu coração não entrem em qualquer tipo de guerra aberta que acaba por desfazer algum destes órgãos vitais.
Perguntei-te o que somos, o que temos. E ao mesmo tempo tento responder a essa pergunta para mim mesma. E depois ouço um gri gri gri a cantar no meio do vazio que se instala na minha cabeça.
A minha cabeça? Ela diz que não é certo pensar em ti. Ela odeia que os impulsos eléctricos fujam do seu controlo para formar um sorriso na minha cara se te encontro em algum lugar do meu pensamento. Ela está sempre a lembrar-me que isto nunca será nada, que tudo é impossível. Ela faz-me pensar em 29463864201 coisas longe de ti quando quero falar-te. E lembra-me a toda a hora que não és meu.
 E depois sinto a revolução no meu coração. E ele sabe responder.
Ele apressa-se com uma mensagem tua. Ele apressa-se com uma palavra bonita.
Ele sente-se apertado porque não te sente por perto. E entristece-se com a tua falta.
Ele lembra-me dos mimos, dos abraços e de todos os beijos. Ele quer-te. Ele continua a dizer-me " cabeça, silly cabeça, everything is possible."
E eu penso. Gostava de ser comandada pelo meu coração.
E nós? Nós teremos sempre tudo isto.



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