Às vezes a minha insegurança prende-me à falta de gestos ou palavras bonitas. Nunca fui desbroncada e sinto uma necessidade enorme de estar provida toda a certeza do mundo para exteriorizar sentimentos mais que certos. Nunca achei que merecesse certas coisas na minha vida, e por isso muitas das vezes nem me dou ao trabalho de lutar por elas.
E depois apareces tu. E na minha cabeça eu não era suficiente. E depois acontece tudo isto. E agora eu penso que a nossa parvoíce não se resume só aos momentos hilariantes que conseguimos criar juntos, mostra-me também o tempo que desperdiçamos por conta dela.
Quem diria? Eu não com certeza. E as vezes ainda continuo a tentar acordar de qualquer tipo de sonho ou pensamento feliz do meu subconsciente.
E por isso sinto necessidade do toque leve no teu rosto perfeitamente trabalhado, porque a realidade me foge debaixo dos pés quando estás assim comigo.
Quero. Quero que quando um dos desastrados pensar em tropeçar, esteja lá o outro para segurá-lo com força. Quero que quando um dos tansos disser uma coisa sem piada nenhuma, o outro esteja lá para rir-se até à dor de barriga.
Quero acreditar que algum dia isto se torne possível.
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