Quisera eu que as coisas fossem assim fáceis e esta fosse a última vez que ocupo o meu querido blogue com as mesmas depressões de sempre. Fossem todas as minhas tentativas de deixar isto para trás, mais do que isso mesmo e se tornassem verdadeiras realidades. E apesar de ser ainda aquilo que só eu mesma poderei sentir, já não doi mais.
A dor transformou-se em algo bonito, sereno e saúdável, e apesar de ainda ter a capacidade de me roubar o sorriso, não é mais capaz de magoar este miocárdiozinho, que ainda tem muito que aprender.
Se hoje ainda fico com um apertozinho no peito ao ouvir uma determinada música, é porque as recordações são únicas, para mim, para ti, para nós, e trazem de volta muitos sentimentos que eu queria ver muito escondidos lá no fundo do ventriculo direito, mas que teimam em ficar bem na superfície. Se hoje ainda choro, é porque as saudades são algo muito complicado de entender e que não irá embora tão cedo.
E quanto mais faço pelo belo do afastamento que tanto desejei (achando que seria o melhor), mais esta camada de sentimentos tristes se acentua. Quanto mais evito o mais mísero contacto, mais vontade tenho de voltar atrás e ter mudado alguma coisa quando ainda era possível.
E estou mudada sim, inevitavelmente. Passei (muito lentamente) de alguém que acreditava em amores eternos, para alguém que vai demorar muito tempo a voltar a acreditar na palavra (que só pode ser dita pessoalmente :) ). Precisa doer, sometimes, para que a nossa cabeça saia do conto de fadas que idealizamos enquanto o amor nos preenche o coração, e entre na verdadeira e dura realidade onde poucos são os princepes encantados.
Se voltava atrás? Sim...Se mudava alguma coisa? Se calhar não...
Porque demora assim tanto? Porque foste (sim foste, porque derrepente tive que mentalizar-me que agora tudo não passa de um bonito passado) um primeiro grande amor, e as parvinhas das raparigas (inundadas por algum tipo de hormonas) não esquecem os seus primeiros grandes amores.
Hoje tento não pensar no fim, em como acabou, no que poderiamos ter feito para mudar algo, penso sim em bons momentos e recordações fofas que me façam sorrir pelo facto de algum dia eu ter tido a sorte de Amar verdadeiramente.
Tomara isto tivesse tido um fim que me convencesse, que eu fosse capaz de entender, um fim lógico na minha cabeça, pois iria doer menos, e menos, e menos, durante menos tempo. Assim resta-me apenas esperar que va embora "isto" de cá de dentro, mas com a bela da pergunta por perto, até quando?
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